sexta-feira, 19 de novembro de 2010

PSOL RACHA EM ALAGOAS


Até que não demorou muito para surgir no PSOL o primeiro grande racha interno em Alagoas, separando de vez os dois vereadores por Maceió Ricardo Barbosa e Heloísa Helena, e com isso, a lavagem de roupa suja que deveria acontecer nas instâncias internas, começa a ser exposta à sociedade, evidenciando os erros infantis e já antigos que a Esquerda comete e sempre cometeu.


Tudo começou depois do pleito eleitoral deste ano, onde a derrota de uma candidata, que outrora era nome certo em uma das vagas para o senado por Alagoas, foi concretizada. Essa derrota trouxe consigo diversos elementos flagrantemente vistos no dia-a-dia do PSOL, mas que só depois das eleições, toda a sociedade alagoana pode também ser testemunha: o sectarismo de Heloísa Helena. Heloísa, que profere palavras com toda a sua naturalidade, expõe agora os seus equívocos: a campanha à direita do seu fiel escudeiro, o padre Eraldo, os pedidos de votos para a candidata Marina Silva (mesmo com o seu partido tento candidato à presidência), além do menosprezo aos demais candidatos do PSOL, inclusive do seu próprio candidato a governador, o combativo Mário Agra.


O estopim de toda essa celeuma foi o vazamento de um texto de circulação interna, que entre outras coisas, taxa HH de “demagoga”. O interessante é que esse texto foi assinado por vários membros do diretório estadual em Alagoas, além de dirigentes de vários diretórios espalhados por nosso Estado. O fato é que, independente da circulação que este documento teve, ele reflete o que pensa a maioria dos militantes e dirigentes do PSOL, já cansados com o menosprezo diário da vereadora Heloísa Helena.

Diante de todo esse desfecho, surge uma nova liderança no PSOL: o vereador por Maceió Ricardo Barbosa. A verdade é que Heloísa nunca foi simpática ao fato do surgimento de novas lideranças, pois, segundo o seu pensamento, isso ofuscaria o seu brilho interno no Partido!...um verdadeiro erro! Heloísa acusa Ricardo de receber verba de gabinete e esquece de fazer o mesmo com os componentes do grupo que a circunda, como a deputada federal pelo Rio Grande do Sul Luciana Genro que também recebe verba de gabinete e nem por isso, foi chamada de ladra, da mesma forma como o irmão de HH atribuiu esse “adjetivo” a Ricardo.


A principal liderança do PSOL e fundadora deste Partido, hoje está longe de ser uma referência dentro do próprio Partido. Vamos ter várias outras cenas desta novela que parece estar apenas começando, pois ano que vem, o PSOL realiza eleições para os diretórios municipais e para o diretório estadual.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

E AGORA ALMEIDA?


Com o término das eleições, o foco agora está voltado para as eleições de 2012, com claras articulações acontecendo desde já. A própria saída do PDT do governo do prefeito Cícero Almeida, além de ser conseqüência da posição de Almeida em apoiar o então candidato a reeleição ao governo de Alagoas Téo Vilela, também traz um significado particular, com um olho na prefeitura municipal de Maceió.

Vários lessistas não só dão como certa a candidatura de Lessa à prefeitura de Maceió, como já estão trabalhando para isso. Contudo, uma peça que deveria ser o diferencial em 2012, parece mesmo realizar as mesmas ações coniventes de 2010: O prefeito Cícero Almeida.

Na semana que vem, Almeida terá uma reunião com o “dono” do seu partido, o senador eleito Benedito de Lira do PP. E a conversa parece que acontecerá sob plena franqueza de ambos os lados. Benedito mostrará a Almeida as suas pretensões, que passam pela sua candidatura ao governo de Alagoas em 2014, uma vez que terá apoio incondicional de Vilela e ainda será franco atirador, podendo voltar ao senado caso seja derrotado. Além disso, “de Lira” ainda contará com o apoio de uma forte bancada de deputados federais e estaduais, caso seja concretizado o leque de apoio ao governador de Alagoas para os próximos quatro anos.

Com isso, Almeida terá que desfrutar do sabor amargo de ser mais uma vez escanteado, porém de forma ainda pior, pois estará sem mandato e sem grupo político! Assim, sem mandato e sem encabeçar nenhum grupo político, restará a Almeida a candidatura à câmara federal. Só que terá que enfrentar mais um enorme problema: João Lyra!

Portanto, com o desfecho já claro de como se dará a política em Alagoas nos próximos anos, e com a característica já assídua do atual prefeito de Maceió de não ser líder, aliado às lambanças sempre freqüentes em suas decisões políticas, a pergunta que se faz é a seguinte: e agora Cícero Almeida?

terça-feira, 2 de novembro de 2010

OS GRANDES DERROTADOS DAS ELEIÇÕES EM ALAGOAS

Passada as eleições, dá-se lugar as análises muitas vezes emotivas do desfecho deste processo eleitoral. Contudo, realizando de fato, uma avaliação do resultado das urnas alagoanas, veremos que muita promiscuidade continua, infelizmente, ainda a acontecer.
O uso exorbitante da máquina pública na campanha, foi uma marca flagrante em uma eleição também recheada por calúnias, compras de votos e mentiras...muitas e assíduas mentiras. Contudo, caro leitor, gostaria de nortear este texto, a fim de mostrar-lhes, ao meu ver, quais são os grandes perdedores destas eleições em Alagoas e o por quê.
O primeiro grande derrotado, aliás, derrotada, foi sem dúvidas Heloísa Helena, candidata ao senado pelo PSOL. Na disputa para o Senado neste ano, Benedito de Lira (PP) não venceu as eleições...foi Heloísa que perdeu!...e perdeu para ela mesma. Perdeu para o seu sectarismo visivelmente freqüente; perdeu para a sua arrogância política evidenciada no trato com os próprios militantes do PSOL; perdeu para o seu egocentrismo ao estar certa da sua vitória em detrimento a qualquer ato minimamente humilde e afetuoso para com os eleitores. Heloísa Helena foi um exemplo claro de como um líder não deve agir.
O segundo grande derrotado foi o candidato ao governo de Alagoas, Fernando Collor de Mello. A sua derrota deixou claro que o seu prestígio político está cada vez mais em declínio. O seu discurso já velho e enfadonho e sem o menor cunho atrativo, transformou o ex-presidente em um personagem jurássico e sem a simpatia de sempre. A sua vontade em voltar ao cenário nacional realizando uma grande gestão em Alagoas, foi finalizada ainda no primeiro turno. E o que é pior, terá que enfrentar em 2014 na eleição para o senado, o governador eleito Teotônio Vilela e toda a sua máquina financeira subsidiada pelos próprios alagoanos.
O terceiro derrotado foi o atual prefeito de Maceió Cícero Almeida. O prefeito apoiou a reeleição do Governador Téo Vilela, mas não conseguiu fazer com que o seu candidato vencesse em Maceió. Esse acontecimento evidencia um fato no mínimo interessante: Está muito bem avaliado na prefeitura de Maceió, era cotadíssimo a ser o candidato ao governo de Alagoas, mas não possui uma mínima liderança política, ao ponto de ser absolutamente escanteado nas eleições deste ano. E o pior, não vai indicar o seu sucessor, pois o candidato à prefeitura de Maceió em 2012 do grupo o qual ele apoiou nestas eleições, chama-se Rui Palmeira (PSDB), e tampouco não vai ser candidato ao governo, uma vez que, nos bastidores, já há um pré acordo com o Bendeito de Lira, que seria, este sim, o candidato ao governo apoiado pelo palácio de vidro dos Martírios. E para completar, chegaria em 2014 sem mandato, o que lhe dificultaria qualquer desiderato, no campo majoritário no pleito eleitoral deste ano.
Pois é... em uma eleição, sobretudo igual a que assistimos, há alguns vencedores e inúmeros perdedores. Inúmeros em quantidade igual ao número de alagoanos, que infelizmente terão que continuar a viver em um Estado miserável, com uma economia pífia, com personagens políticos indiciados e sem a mínima perspectiva de mudança.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

HELOÍSA HELENA SE AFASTA DA PRESIDÊNCIA NACIONAL DO PSOL


Na íntegra, carta de Heloísa Helena, comunicando o seu afastamento da presidência nacional do PSOL:

Comunicado de Afastamento da Presidência Nacional do PSOL

1. Agradeço a solidariedade de muitos diante da minha derrota ao Senado (escrevo na primeira pessoa pois sei, como em outras guerras ao longo da história já foi dito "A vitória tem muitos pais e mães, a derrota é orfã!").

Registro que enfrentei o mais sórdido conluio entre os que vivem nos esgotos do Palácio do Planalto - ostentando vulgarmente riquezas roubadas e poder - e a podridão criminosa da política alagoana. Sobre esse doloroso processo só me resta ostentar orgulhosamente as cicatrizes, os belos sinais sagrados dos que estiveram no campo de batalha sem conluio, sem covardia, sem rendição!

2. Comunico à Direção Nacional e Militância do PSOL a minha decisão de formalizar o que de fato já é uma realidade há meses, diante das alterações estatutárias promovidas pela maioria do DN me afastando das atribuições da Presidência. Como é de conhecimento de todas(os) fui eleita no II Congresso Nacional por uma Chapa Minoritária, composta majoritariamente pelo MES e Poder Popular (MTL), em um momento da vida partidária extremamente tumultuado que mais parecia a velha e cruel opção metodológica das lutas internas pelo aparato diante dos escombros de miserabilidade e indigência da nossa Classe Trabalhadora. Daí em diante o aprofundamento da desprezível carnificina política foi ora transparente ora dissimulado mas absolutamente claro!


Assim sendo, em respeito à nossa Militância e aos muitos Dirigentes que tanto admiro e por total falta de identidade com as posições assumidas nos últimos meses pela maioria das Instâncias Nacionais (culminando com o apoio a Candidatura de Dilma!) tenho clareza que melhor será para a organização e estruturação do Partido o meu afastamento e a minha permanência como Militante Fundadora do PSOL, sempre à disposição das nobres tarefas de organização das lutas do nosso querido povo brasileiro! Avante Camaradas!


Maceió, 19 de Outubro de 2010


Heloísa Helena

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

E AGORA LESSA?


O candidato ao governo de Alagoas, o ex-governador Ronaldo Lessa (PDT), teve a sua candidatura impugnada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), ontem, por 6x1. Também foi condenado o seu vice, Joaquim Brito (PT). Ambos foram condenados em 2006, pelo mesmo TRE. O pedido de impugnação foi impetrado pelo Ministério Público Eleitoral, com base na Lei Complementar 135/2010, a Ficha Limpa.
A acusação contra ambos – em processos distintos -, aceita pelos magistrados, então, foi de abuso de poder político e econômico nas eleições de 2004: Lessa em Maceió, Brito em Limoeiro de Anadia. Contudo, Lessa ainda continua fazendo campanha no Estado, como se nada tivesse acontecido, acreditando assim, que o TSE reverterá essa decisão.
Na prática deu o esperado por todos. E a população agora, como fica? Ao mesmo tempo em que os eleitores vêem as decisões de impugnação sendo tomadas a cada dia, são testemunhas também de atividades de campanha destes mesmos candidatos considerados como "ficha suja". A população está com receio de que todo isso não acabe em pizza, onde as condenações por situações flagrantemente ilícitas sejam revertidas em liminares para que políticos corruptos continuem agindo de forma apócrifa e promíscua no nosso Estado.

ALMEIDA AMEAÇA, MAS NÃO SAI DO PP


A carreira meteórica e confusa do prefeito de Maceió Cícero Almeida, ganhou mais um fato curioso. Após ameaçar sair do PP e, inclusive, sondar algumas lideranças partidárias em Maceió sobre qual seria o seu destino, Almeida acaba de afirmar que permanece no Partido Progressista (PP).

As informações são de que, mais uma vez, Benedito de Lira, presidente estadual do Partido, verticalizou mais uma de suas sugestões imperativas ao prefeito que, logo após, aquetou-se e decidiu continuar a sua jornada de obediência nessas eleições.

Todavia, Mozart Amaral, mais uma vez confirmado como fiel escudeiro de Almeida (fato que o próprio prefeito fez questão de ratificar) deve mesmo se desfiliar do PP. Assim, Mozart fica livre, leve e solto para apoiar Renan Calheiros, a quem é ligado desde que Mozart deu os seus primeiros passos nos bastidores da política alagoana.

Esperamos agora para ver qual o próximo desfecho na caminhada política de Almeida que possui um enorme prestígio popular, mas nenhuma liderança política.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

CÍCERO ALMEIDA AMEAÇA SE DESFILIAR DO PP AINDA NESTAS ELEIÇÕES


E a novela sempre cheia de desencontros e erros políticos dos capítulos do atual prefeito de Maceió, Cícero Almeida (PP), parece ganhar ainda mais drama. Agora, o prefeito confidenciou para alguns amigos próximos, que deseja se desfiliar de seu Partido o PP, cujo o presidente estadual é o candidato ao senado, Benedito de Lira.

A flagrância da falta de liderança política do atual prefeito, evidenciou-se ao tempo em que, seu fiel escudeiro (mas, ao que parece, ex fiel escudeiro) Mozart Amaral, atual secretário municipal de infra-etrutura, decidiu apoiar Renan Calheiros, sem nenhuma consulta ao próprio Cícero. Vale salientar que Mozart é cria legítima do prefeito e figura que era considerado por Cícero, seu sucessor na prefeitura de Maceió. Ou seja, Almeida não consegue liderar nem mesmo àqueles que estão próximos a si e até mesmo os que ele colocou no cenário político de Alagoas.

Não é à toa, que o político de maior destaque no cenário político alagoano, Cícero Almeida, foi vergonhosamente escanteado, uma vez que o mesmo não conseguiu apoio sequer em seu Partido. Cícero tem apoio popular, mas não consegue ter liderança política.

A insatisfação de Almeida aumenta à medida que suregem os pedidos (que soam sempre como ordens) horizontais de Benedito de Lira.

Contudo, Almeida, ao se desfiliar, segue sua trajetória preferida nesta campanha: a de estar em cima do muro. Assim, o prefeito dá ainda mais ênfase na prática que mais se condiciona ao seu caráter político, já que ele não consegue ter a liderança e moral suficientes para apontar o seu apoio nestas eleições. Por que será?